É
lindo nosso processo de crescimento e amadurecimento. Quando nascemos,
nossos pais nos alimentam, nos ensinam os princípios básicos do que é
certo e errado; aprendemos a perceber que, a cada dia, vivemos algo
novo. Assim, aprendemos a nos relacionar com as diversas situações da
vida. Não é algo concebido de imediato, mas um processo longo, árduo e,
muitas vezes, difícil de lidar.
Como não se lembrar da primeira queda de
bicicleta ou da primeira nota vermelha? Essa realidade de ser criança é
formidável, pois nela experienciamos as mais variadas situações e nos
constituímos como pessoas, aprendendo a olhar o mundo com os olhos de
quem não consegue viver sozinho. Que criança não necessitou de que os
pais o levassem alguma vez ao médico? (Mc 2, 17) ou que alguma vez o
corrigisse quando agiu de forma errada? (Heb 12, 7).
Deus é perfeito na Sua criação, Ele nos
deu a graça de não nascermos prontos, mas sim de nos construir conforme a
Sua vontade. A criança não é independente, é necessitada. Ela não é
pronta, está em crescimento. Por isso Jesus nos ensina a ser como
crianças para alcançarmos o reino dos céus:
“Deixai vir a mim os pequeninos e
não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes
assemelham. Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus
com a mentalidade de uma criança, nele não entrará” (Mc 10, 14-15).
A condição é esta, sermos como crianças.
Mas, ora, podemos pensar: “Já fui criança, preciso crescer e amadurecer
e é assim que funciona a vida” ou até “Eu já sei sobre isso, já vivi e
sei como lidar”. Reflita por um instante quantas vezes você já ouviu
algo parecido. Agora, pare e reflita novamente: “Quantas vezes eu já
disse isso”?
Peçamos a Deus a graça de sermos curados
desta “doença de ser grande”. Supliquemos ao Senhor, assim como uma
criança pede o carinho de um pai. Somos crianças nas mãos d’Ele,
necessitamos dos outros, de ajuda, de conselho, de correção. Não somos
mais do que ninguém; apenas crianças. Rezemos como a poetisa:
“Meu Deus,
me dê cinco anos…
me dá a mão, me cura de ser grande.
Ó meu Deus, meu pai,
meu pai.” (Adélia Prado)
me dê cinco anos…
me dá a mão, me cura de ser grande.
Ó meu Deus, meu pai,
meu pai.” (Adélia Prado)
Raone Ferreira
Fundador da Comunidade Sitis
Fundador da Comunidade Sitis
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