''É importante que o casal peça ajuda a amigos...
porque é mais difícil que encontrem o caminho de saída do problema
apenas entre eles''
O estudo "Estatísticas do Registro Civil" aponta ainda que o aumento se deve à eliminação dos prazos para requerer o divórcio, que antes eram mais demorados, e foram facilitados pelo Divórcio Instantâneo, aprovado em julho de 2010.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini, concedeu uma entrevista ao noticias.cancaonova.com sobre o assunto. Para ele, atualmente é "mais fácil e rápido desfazer um matrimônio do que desfazer um contrato com a operadora de telefone", fato que evidencia como as relações humanas, especialmente as relações conjugais e familiares, estão sendo banalizadas.
Segundo o bispo, muitos acham que o divórcio é a única solução para o problema no relacionamento, mas na verdade, há muitas soluções para essas dificuldades sem precisar terminar o casamento. Entre as opções está a retomada do carinho e respeito entre o casal, a busca por um amadurecimento do amor e a partilha e apoio de casais ou amigos mais experientes.
Dom Petrini: Para que quotidianamente se renove o afeto que liga os esposos é necessário cultivar não somente a paixão, mas a estima pela outra pessoa, a vontade de partilhar as diversas circunstâncias da vida, numa abertura cheia de atenção para com a outra pessoa, feita de palavras e de atitudes que acolhem, valorizam e reafirmam a alegria por ter casado e a vontade de continuar unidos, porque considera a união conjugal como um grande bem.
O perigo é considerar estas atitudes desnecessárias, o afeto como um dado óbvio. Então, o relacionamento perde beleza, podendo tornar-se mais duro, pesado e vulgar. É evidente que o casal cristão, que procura crescer na fé e no amor, que busca a luz de Cristo para orientar seus passos e a sabedoria do Evangelho para discernir as diversas situações, que se alimenta de Cristo na Eucaristia, terá muito mais capacidade de construir uma família que não somente dura no tempo, mas que se renova no amor e se torna sempre mais fonte de satisfação e de realização humana.
Por isso, a orientação da Igreja para os casais é: não se isolem, procurem uma comunidade cristã, um movimento católico de modo a cultivar a amizade com Jesus e com as outras pessoas. Na simplicidade da proposta, este é o caminho para um crescimento humano e cristão que ajuda o casal a vivenciar cada circunstância como ocasião para crescer no amor.
presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini.
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