Não podemos aceitar que o sal se torne insípido
O último Ano da Fé proclamado por um papa foi em 1967 quando, após o Concílio Vaticano II, o Pontífice Paulo VI o proclamou e o encerrou com a sua "Profissão de Fé", o “Credo do Povo de Deus”. O objetivo era dissipar os erros de doutrina que se propagavam após o Concílio Vaticano II. Também para que houvesse, em toda a Igreja, “uma autêntica e sincera profissão da mesma fé”. Certamente, Bento XVI quer hoje também coibir os erros de doutrina que se espalham na Igreja.
O Papa Bento XVI começa dizendo que "não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida" (cf.Mt 5,13-16). "Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna" (Jo 6,27). O Santo Padre lembra que, na data de 11 de outubro de 2012, completam-se vinte anos da publicação do "Catecismo da Igreja Católica". Ele ressalta que convocou um Sínodo dos Bispos para o mês de outubro de 2012 tendo por tema "a nova evangelização para a transmissão da fé cristã".
O Pontífice fala efusivamente da importância do Concílio Vaticano II: "Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça que beneficiou a Igreja no século XX. Nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa”. Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: "Se o lermos e recebermos, guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja”. Essas palavras do Papa fazem calar aqueles que se opõem ao Concílio.
O Ano da Fé, diz o Papa, é um “convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo” (cf. At4,12). Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias”. O Papa quer que, neste Ano da Fé, tanto as comunidades religiosas como as paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, “façam publicamente profissão do Credo”. Ele quer que cada crente “confesse a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança”.
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