A primeira coisa que precisamos refletir
é que cuidar de si mesmo, manter-se bem arrumado e cuidar da saúde não
são coisas erradas. Chega a ser até mesmo um dever, já que nosso corpo é
algo bom, que nos foi dado por Deus. “E Deus viu tudo quanto havia
feito e achou que era muito bom” (Gêneses 1, 31).
O que se torna destruidora é a
ideia de perfeição e os padrões ilógicos pregados pela mídia de uma
beleza a qualquer custo. E não são poucos os que aderem a essa “lei” que
impera em nosso meio.
Outro dia, ao acessar a internet,
deparei-me com a seguinte propaganda: “Saiba como ficar como as musas da
novela!”. Fiquei imaginando quantas pessoas ficaram iludidas pela
proposta de ser “outra pessoa”, parecer-se com um famoso. E ainda
quantas delas não se desgastaram para isso e se frustraram, pois de nada
adiantou seu esforço, já que seu coração permaneceu insatisfeito.
Na verdade, a batalha pela perfeição
esconde algo muito além de um desejo de ser belo, esconde um desejo de
ser visto, amado, dado a nós pelo próprio Deus para que pudéssemos nos
voltar a Ele. Mas estamos sendo levados pelas ilusões e nos perdendo do
verdadeiro sentido e beleza que possuímos.
Costumo dizer que se alguém tem o sonho
de pular de paraquedas, mas isso não está na moda, a pessoa guarda o seu
sonho e vive como todo mundo. Uma metáfora que revela muito sobre tudo.
Precisamos ser aquilo que nascemos para ser: livres. Saltar é a nossa
libertação!
Quantas pessoas acabam mortas ou
seriamente doentes por buscar a perfeição em cirurgias, tratamentos,
plásticas, tudo em favor de uma ilusão, por algo além de suas forças.
Enfim, as pessoas podem se aproximar de
nós, porque algo as atraiu: a beleza, um sorriso, um olhar; mas só irão
permanecer ao nosso lado se sentirem que o nosso conteúdo é que nos faz
mais belos e, assim, seremos verdadeiramente amados, cuidados e
encontraremos paz.
Amém!
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